19 de julho de 2012

A-MI-GO - Série: Bons Hábitos #7


   Alguns amigos, acabamos escolhendo por emoções que surgem nas mais diversas situações. Outros, simplesmente tornam-se amigos e nem nos lembramos do início de tamanha confiança.
   No entanto, independente de como um amigo tenha se achegado até nós, ele acaba tornando-se uma parte viva de cada um de nós.
   Cultivar amigos, assim como cultivar um jardim, é hábito. Uma pessoa que se habitua a ser amigável, ela acaba cativando as pessoas a sua volta e, com o tempo, essas vão se tornando parte de sua vida e, consequentemente, amigas.
   No entanto, para que as amizades produzam raízes profundas, é preciso que haja intimidade! E a intimidade se dá em consequência de partilha! E a partilha, em consequência de abertura! E a abertura se manifesta pelo diálogo, pelo olhar, pela companhia, ...
   Quem tem ao menos um bom amigo, sabe do valor de cada uma das coisas descritas acima...
   Muitas amizades são construídas ao longo da vida. E isto não me inquieta...
   Afinal, mesmo que um amigo parta, mesmo que a distância nos separe, sempre haverá carinho e reconhecimento.
   O que me inquieta é saber que o próprio Cristo já não nos chama mais servos, mas sim de AMIGOS! E que o amigo se dá a conhecer...
   Como Deus pode me conhecer? Apenas vigiando-me? Não! É preciso que eu me dê a conhecer ao Senhor, se quiser tê-lo como amigo. E a forma de eu fazer isso é tendo uma vida de oração pessoal (sim, aquela que eu falo o que está no meu coração a Deus), uma vida de confissão (melhores amigos conhecem defeitos), quando me faço próximo, quando converso, o ouço na Palavra, o comungo na Missa (momento de maior intimidade entre nós), quando o amo no irmão mais pobre, quando vejo sua manifestação de amor na natureza, quando o busco em tudo que está a minha volta. Só assim cultivaremos intimidade! Só assim seremos amigos de verdade!
   Além da intimidade própria da amizade, ainda cultivamos, entre amigos, o hábito de nos preocuparmos com essa pessoa, com o que ela está sentindo... aliás, existem situações que, se fossem possíveis, tiraríamos da pessoa e sofreríamos por ela...
   Na nossa amizade com Deus precisa ser assim também. Não sou somente eu que tenho necessidades nesta relação de amizade. O que será que Deus precisa? Talvez, precise de consolo por ver tantos filhos perdidos em caminhos errantes. E daí vem a pergunta: Tenho sido eu um consolo ao coração de Deus? Ou tenho sido mais uma decepção a Ele? O que Deus pensa do que estou fazendo agora? Será que estou causando alegria a Ele neste momento?
   Tratar a Deus como um amigo  como Ele próprio nos chama  é tratá-lo verdadeiramente como um AMIGO
   A-MI-GO!
   Portanto, o nosso bom hábito deste mês será este: cultivarei a minha amizade com Deus!
   Para isso, precisarei lhe dar atenção, carinho, precisarei dialogar (ouvir e falar), ... precisarei ser um consolo ao seu coração!
   Cultivarei minha amizade com Deus!
    Aliás, o que será que Deus está pensando de mim (de você) e de minha (de sua) atitude agora, hein?!?
   Pergunte-se! Desafie-se! Cultive esta linda amizade com Deus! Se cultivar sua amizade com Deus, será muito mais feliz! Eu garanto!
   Fraternalmente, Thiago Pignatti de Freitas