29 de setembro de 2011

RESULTADO - CONCURSO: CAMISETA CRISMA 2011

   Conforme anunciado e conforme as regras estabelecidas e divulgadas no endereço http://www.decalcajeansetenis.org/2011/08/concurso-camiseta-crisma-2011.html, anunciamos a camiseta vencedora para a Crisma 2011:
   Esta era a camiseta 12, uma mescla de dois modelos (desenho da 2 e frase da 9) do mesmo autor.
   O criador da camiseta foi Giovani Thomazelli e, em breve, ele será contatado.
   Espero que tenham gostado, pois, afinal, foi também a escolha da maioria dos crismandos.
   Agradecemos a todos que participaram!
   Deus lhes recompense!
   Aliás, existe um prêmio para todos os que participaram também... Aguardem!

19 de setembro de 2011

AMOR AO PRÓXIMO, AMOR (AO) PRÓPRIO!


   “O segundo mandamento é este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” (Mc 12, 31a)

   Sabe quando você lê um versículo e ele intriga e fica martelando em sua cabeça o dia todo, todo dia?
   (Bom... se você não sabe, por favor, passe a ler um versículo bíblico por dia para que Deus possa falar com você! E você descobrirá!)
   Pois bem... este versículo acima tem me intrigado há dias! E alguns amigos próximos – que eu amo de montão – passarão a entender algumas conversas após esta postagem...
   No entanto, o que tem me intrigado não é – ainda – a minha relação com as pessoas ou a maneira como tenho agido, mas sim o parâmetro comparativo que Jesus estabeleceu!
   Se o mandamento consiste em eu amar ao próximo como a mim mesmo, eu preciso saber o quanto me amo.
   Até porque como posso amar alguém se não amo a mim mesmo?
   Sem amar a mim mesmo, será que meu amor para com o próximo é sincero? Ou será só aparência? Obsessão? Apego?
   Porque, quando não nos amamos, quando estamos em crise conosco mesmo, muitas vezes nosso amor ao próximo é apenas aparência – digamos, um sorriso de uma felicidade que não nasce na alma.
   Aliás, você sabia que isto é nítido? E que as pessoas que lhe conhecem podem identificar isto facilmente em você?
   Mas aí vem um outro problema: muitas vezes as pessoas fingem que não vêem, pois assim será mais fácil, nem precisarão se envolver... e tudo disfarçado por um falso “respeito humano”...
   Por outras vezes, encontramos um(a) “chato(a)” que se mete na nossa vida e questiona a nossa essência e vai contra nossas verdades aparentes.
   E a gente sente raiva, medo, tristeza...
   E, de vez em quando, utilizamo-nos destes sentimentos e paramos para repensar e reavaliar e acabamos mudando...
   Outras vezes, achamos que aquele “chato” é realmente muito chato e nem damos um valor posterior. Apenas esquecemos...
   O problema é que, ao tomar a segunda atitude, não amaremos ao próximo verdadeiramente, pois não aprendemos nem assim a nos amar. Passaremos a amar ao próximo como a nós mesmos, isto é, ignorando-os e tratando-os com desdém; afinal, me trato desta maneira – mas, tudo disfarçado por trás de uma falsa alegria e de um amor fingido...
   Agora, quando busco e encontro minha essência e mudo, passo, então, a ser bem melhor, amar-me de maneira mais sincera e assim passo a amar ao próximo de verdade, sem aparências.

   Isto é mandamento! O segundo maior mandamento!
   Saiba que se você não se ama verdadeiramente, não é só você quem perde com isso. O seu próximo perde, a Igreja perde, o mundo perde!
   Portanto, para amar ao próximo, é preciso amar-se!

   E, com certeza, este versículo ainda continuará a me incomodar muito mais!
   Afinal, quando passo a amar-me, eu passo a amar ao próximo como a mim mesmo?
   Mas, será assunto pra uma outra postagem, em um outro tempo...

   Por enquanto, fico por aqui...
   ... pensando que o mundo perde quando não sei amar-me a mim.

   Fraternalmente,
   o “chato” de muitos,
   Thiago Pignatti de Freitas
   @thiagopignatti
   www.decalcajeansetenis.org

16 de setembro de 2011

3ª PARÁBOLA DA MISERICÓRDIA

   Esta é a terceira parábola da Misericórdia. A primeira foi a da ovelha perdida; a segunda, o filho pródigo e, agora, a moeda perdida.
   Que moeda era essa? Possuía algum valor? Era uma dracma, moeda grega, que equivale, hoje, aproximadamente, R$ 60,00. Mas, notemos os detalhes da parábola:
   - A moeda estava na posse da mulher e foi perdida dentro da própria casa. Estava na casa ainda, mas estava perdida.
   - A mulher possuía 10 moedas e perdeu apenas uma, retendo ainda 9 moedas.
   - Ao dar falta, colocou em ação um plano para encontrar a moeda:
      * Acende a candeia – ilumina todos os aposentos e tem a luz perto dos olhos para enxergar bem;
      * Varre a casa – acredito que depois de ela procurar, ela percebe que somente varrendo a casa será capaz de encontrar a moeda – isto é, é preciso vasculhar todos os lugares.
      * Busca com diligência até a achar – esta expressão “buscar com diligência” também é utilizada em Mt 2,8 quando os magos são instruídos por Herodes para buscar diligentemente o menino, pois também ele queria adorá-lo – isto é, buscar com vontade, com ânimo, até encontrar; sem pensar em desistir ou sem desanimar.
   - Quando ela encontra a moeda, faz o fato notório:
      * Convoca as amigas e vizinhas;
      * Compartilha seu contentamento – aqui é utilizada a mesma expressão usada pelo pastor no versículo 6: REGOZIJAR; já, na parábola do filho pródigo, a expressão correta é CELEBRAR.

   Mas, o que essa(s) parábola(s) quer(em) dizer-me?
   1. Tudo o que se perdeu era coisa semelhante. Talvez, as parábolas não refiram-se aos perdidos que estão no mundo – e esta é uma nova forma para comungarmos dessas parábolas.
      *A ovelha se perdeu das outras ovelhas;
      *O filho abandonou seu pai e irmão;
      *A moeda foi perdida das outras moedas.
   2. O lugar de onde foi perdido ou desgarrado representa um lugar seguro. No caso das ovelhas é um aprisco construído no deserto e no caso do filho é a casa do pai. Em relação à moeda, ela foi perdida de sua proprietária. Se usarmos a parábola da ovelha e a do filho pródigo simbolizando a igreja (ou o céu), por que não também em relação à moeda?
   3. Há muitos tipos de perdas representados aqui:
      *Como a ovelha, perde-se no caminho ou a caminho, atraído por luzes coloridas que exercem grande atração sobre os cristãos;
      *Como o filho pródigo, perde-se por causa da insatisfação e da curiosidade em saber o que está do outro lado da porta;
      *Ou como a moeda, perde-se em decorrência da falta de uso. Um talento que se perde porque não foi colocado para trabalhar e gerar mais benefícios.
   4. O que representa a dracma/moeda? Pode ser cada um de nós ou pode ser a perda da verdade, da dignidade, do amor, da oração, do jejum, do evangelismo, do prazer espiritual e muitas outras coisas.
   5. Nosso tema é a perda da moeda:
      #Perdeu-se dentro da própria Igreja;
      #Perdeu-se por inércia, morosidade;
      #Perdeu-se por causa de algum pecado;
      #Perdeu-se por falta de compreensão do seu valor e do que representa para a comunidade;
      #Perdeu-se por não compreender seu papel na missão de Deus.
   6. As igrejas estão repletas de pessoas perdidas (não no sentido de não-salvas, mas no sentido literal da palavra – sem rumo, esquecidas em algum canto, sem localização, sem função, sem participação, ...). São nossos irmãos e irmãs cujas vidas cristãs não foram desenvolvidas, ou se desenvolvidas foram perdidas, ou cujos talentos foram enferrujados.

   As grandes lições da parábola?
   -É preciso buscarmos o perdido e se alegrar com seu retorno.
   -A perda de alguém de nosso meio deveria produzir algum tipo de dor (lembrando que morte não é perda, mas é ganho – “Viver pra mim é Cristo, morrer pra mim é lucro”).
   -A ausência e a desvalorização do outro devem causar em nós estranheza. O outros quando não está com os outros deveria ser notado.
   -O nosso olhar comunitário deveria ser igual ao da mulher – alguém não está aqui.
   -A nossa ação comunitária deve também ser a mesma – fazer todos os esforços para encontrar o perdido.
   -Se formos nós os perdidos, devemos gritar (oração) como a ovelha para ser encontrado por Cristo ou voltar para a casa do Pai como o filho pródigo ou, ao menos, deixarmo-nos sermos encontrados.
   -Se o perdido estava ao nosso lado, devemos procurar como o bom pastor, esperar o retorno e se alegrar como o Pai ou procurar diligentemente como a mulher da última parábola.
   E, principalmente, não podemos duvidar da possibilidade do retorno do perdido.
   “Jesus recebe os pecadores e come com eles.”
   Nas três parábolas houve festa. E, hoje, para esta festa acontecer, depende de você!

   Fraternalmente,
   @thiagopignatti

14 de setembro de 2011

2ª PARÁBOLA DA MISERICÓRDIA - por Santo Agostinho

Sermão de Santo Agostinho sobre o Filho Pródigo (Sermão 112A - sobre Lc 15, 11-32)

  “O patrimônio que o filho menor recebeu do Pai é a inteligência, a mente, a memória, o engenho e tudo o que Deus nos deu para que O conhecêssemos e Lhe déssemos culto. Tendo recebido este patrimônio, o filho menor "partiu para um país muito distante". Distância significa: o esquecimento de seu Criador. "Dissipou sua herança vivendo dissolutamente", isto é, consumindo toda sua capacidade em luxúria, em ídolos, em todo tipo de desejos perversos.
   Não é de admirar que essa orgia acabasse em fome. Fome não de pão visível mas da verdade invisível.
   À margem de Deus, por entregar-se a seus próprios recursos, foi submetido à servidão e lhe tocou o ofício de apascentar porcos, o que significa a servidão mais extrema e imunda que costuma alegrar os demônios.
   Alimentava-se então das lavagens de porcos sem poder saciar-se. Lavagens são as vistosas doutrinas do mundo: servem para ostentar mas não para sustentar; alimento digno para porcos, mas não para homens.
   Até que, por fim, tomou consciência do lugar em que tinha caído; do quanto tinha perdido; Quem tinha ofendido e a quem se tinha submetido.
   Reparai no que diz o Evangelho: "Entrando em si..."; primeiramente, voltou-se para si e só assim pôde voltar para o pai. Dizia talvez: "O meu coração me abandonou (isto é: saí de mim mesmo)" (Sl 40,13); daí que fosse necessário, antes, voltar para si mesmo e assim perceber que se encontrava longe do pai. É o que diz a Escritura quando increpa a alguns, dizendo: "Voltai, pecadores, ao coração! (isto é: voltai, pecadores, a vós mesmos!)" (Is 46,8). Voltando para si mesmo, encontrou-se miserável: "Encontrei, diz ele, a tribulação e a dor e invoquei o nome do Senhor" (Sl 116,3-4). "Quantos empregados, diz ele, há na casa de meu pai, que têm pão em abundância, e eu, aqui, a morrer de fome!" (...)
   Levantou-se e voltou. Ele, caído por terra depois de contínuos tropeços. O pai o vê ao longe e sai-lhe ao encontro. É dele que fala o Salmo: "Entendeste meus pensamentos de longe" (Sl 139,2). Que pensamentos? Aqueles que o filho tinha em seu interior. Ele ainda nada tinha dito, só pensava em dizer. O pai, porém, ouvia como se o filho já o estivesse dizendo.
   Por vezes, em meio a uma tribulação ou tentação, alguém pensa em orar, e, no próprio ato de pensar o que irá dizer a Deus na oração, considera que é filho e que, como tal, tem direito a reivindicar a misericórdia do Pai. Geralmente, Deus já o está atendendo quando ele diz estas coisas; e mesmo antes, quando as cogita, pois mesmo o pensamento não está oculto ao olhar de Deus. Quando o homem delibera orar, já lá está Aquele que lá estará quando ele começar a oração.
   Embora tivesse ainda somente a disposição de falar ao pai, cogitando em seu interior, o pai, que de longe já conhece essas cogitações, foi ao seu encontro.
   Que significa "ir ao encontro" senão antecipar-se pela misericórdia? E o pai ordena que o vistam com a primeira veste, aquela que Adão perdera ao pecar. Estas coisas Deus faz através de seus servos, isto é, os ministros da Igreja.
   Mandou também matar o bezerro cevado, isto é, que fosse admitido à mesa em que o alimento é Cristo morto. Mata-se o bezerro para todo aquele que, de longe, vem para a Igreja, na qual se prega a morte de Cristo e no Seu corpo o que vem é admitido. Mata-se o bezerro cevado porque o que se tinha perdido foi encontrado.”
   A partir deste sermão, voltemo-nos para nós mesmos para que, então, possamos voltar para Deus, nosso Pai, que nos espera ansiosamente e nos aguarda cheio de Misericórdia!

12 de setembro de 2011

1ª PARÁBOLA DA MISERICÓRDIA


  São Lucas, em seu evangelho, relata as três parábolas da misericórdia. 'A ovelha perdida' é a primeira das três.
 A ovelha perdeu-se.
   Toda vez que cedemos a curiosidades desmedidas, praticando de passos que não nos são permitidos, que nos levam pra longe, a ponto de não ouvirmos mais a voz do Pastor, deixamos a Comunidade... deixamos o nosso lugar de origem.

“[...] fui pra longe, bem longe, bem longe de Ti [...]”
   Quando as intenções estão escurecidas dentro de nós, ao começarmos nos desviar do caminho, ainda ouvimos a voz do Pastor, mas achamos que, por nos chamar, Ele nos acusa. E este é um grande erro nosso. Ao nos chamar, o Pastor deseja somente que voltemos a seus braços! Não importa o que façamos, Deus não nos amará nem mais, nem menos. Simplesmente, amar-nos-á infinitamente!

Perder-se é dolorido.
   Pode ser que nem percebamos, por estarmos tão calejados pela vida ou por nos isolarmos tanto das pessoas; mas, mesmo assim, muitas feridas são abertas em nosso interior por estarmos perdidos. Quando estamos perdidos, sem rumo, passamos a experimentar, constantemente, angústias. Aliás, se você tem experimentado tantas e tantas angústias, é momento de reavaliar o lugar onde você está. Muitas vezes, enganamo-nos a nós mesmos achando que estamos perto do Senhor, somente porque estamos servindo sempre, estamos sempre na Santa Missa... mas, de nada adianta a presença física, se o nosso coração encontra-se longe. Muitas vezes, até fazemos muitas orações, conduzimos orações em grupos, mas não nos sentimos saciados... é hora de revermos. É necessário que em alguns momentos da vida, paremos. É preciso que nos coloquemos intimamente sozinhos diante do Senhor e façamos uma oração sincera - sem cera, sem enrolações, sem querer dizer palavras bonitas - orações que partam do mais íntimo do nosso coração. É necessário cultivar uma vida de oração pessoal.
   Se a ovelha permanece quieta, o trabalho do pastor é dificultado enormemente. Não porque Deus não saiba onde estamos, mas porque Ele aguarda a nossa manifestação de vontade. A liberdade foi uma dádiva de Deus em nossa criação e Ele não nos tira este presente que nos deu. Portanto, aguarda a manifestação de nossa vontade.
   Seja sincero com você mesmo, seja sincero com Deus. Arrependa-se, se necessário. Derrame-se diante da presença do Senhor. “Buscai a Deus enquanto Ele se deixa encontrar.”
   "Permanecer longe de Deus é suicidar-se constantemente em pequenas partes". Permanecer longe de Deus é entregar-se aos pecados e “o salário do pecado é a morte”.
   Você pode ser a alegria do céu neste momento. Arrependa-se!
   Grita para que seu Pastor possa encontrá-lo (a)!

   Fraternalmente,
   @thiagopignatti

8 de setembro de 2011

SENTIDO DA VIDA - por Charles dos Reis


Vida que é marcada por grandes mudanças, pois os meios de comunicação de massa com sua a repercussão global têm manipulado a vida do homem. Buscamos o sentido da vida. Mas, tamanha busca não se remete apenas em nosso tempo. No tempo de Jesus, essa busca também era frequente; vemos isso no episódio do jovem rico: “Jesus saiu caminhando, quando veio alguém correndo, caiu de joelhos diante dele e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”...” (Marcos 10, 17). Corremos atrás do sentido da vida, mas, quando nos deparamos com Ele, ofuscamos o olhar para não seguir o que nos é exigido; procuramos um modo fácil para obter respostas, entrando, assim, em uma crise de existência.
João Paulo II, em sua encíclica Jesus Cristo Redentor, dos Homens, mostra-nos que umas das crises do homem, hoje, se não a maior, é a busca pelo sentido da vida. No documento de Aparecida, a afirmação do Beato João Paulo II toma força, revelando que a maioria dos meios de comunicação de massa nos apresenta uma nova imagem da vida, levando o homem a sua crise. O meio de comunicação leva cada pessoa a viver um mundo cheio de fantasia, ou seja, vive-se por viver, sem um sentido, sem saber para onde se vai. Depositamos nossas esperanças nos meios de comunicação para localizar o sentido da vida; buscamos respostas rápidas e, quando não as encontramos, entramos em profunda crise de existência.
Buscamos a transcendência; buscamos respostas; buscamos o sentido de algo para alguma coisa. Esta busca abre novos horizontes e a tradição cristã adquire renovados valores, quando a pessoa se reconhece no Verbo encarnado. A comunidade cristã anuncia a verdade, a vida para quem as busca: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e o que as nossas mãos apalparam da Palavra da vida – vida esta que se manifestou, que nós vimos e testemunhamos, vida eterna que a vós anunciamos, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós...” (1 João 1, 1-2).O papa  Bento XVI nos revela que  o homem não pode viver sem a busca da verdade sobre si mesmo : o que sou, para que devo viver. Essa verdade é que conduz e abre os horizontes, para ir mais além do material. Como percebemos, este além da matéria é o próprio Cristo: o Cristo rejeitado pelo jovem rico, o Cristo anunciado pela comunidade cristã. Jesus é o verdadeiro homem, verdadeiro Deus e verdadeiro sentido da vida.
Jesus com sua vida ensina aos apóstolos que o sentido de bem viver está em fazer a vontade do Pai. Sua morte, como Filho de Deus, foi fonte de vida para todos. E para fazer a vontade do Pai, temos que conhecer Jesus, pois é através Dele que conhecemos o Pai, “Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste.” (João 17, 3); o sentido da vida começa em  Jesus para realizar-se no Pai. “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundancia.” (João 10, 10). Assim, os cristãos são convidados a ser discípulos e anunciadores da única fonte de vida, Jesus Cristo.
Ser discípulo é vocação, é dom dado por Deus. Quem se entrega à comunidade cristã, tem o aprendizado gradual no conhecimento, no amor e no seguimento de Cristo. Assim se tece a identidade do homem, do cristão que acompanha a busca do sentido da vida, o Filho de Deus. Este seguimento exige nova atitude; diferente daquela do mundo global da tecnologia e da informação vazia, exige nova atitude pastoral,  novo anúncio da Boa-Nova da vida, a começar pelos bispos, padres, diáconos, pessoas consagradas e agentes de pastoral e, de modo muito especial, os jovens.
A Boa-Nova da Vida, Jesus Cristo, tem destinação universal; alcança a todos os povos. A Igreja, por revelação de Deus e pela experiência humana da Fé, sabe que Jesus Cristo é a resposta total, inesgotável e satisfatória às perguntas humanas sobre a verdade e sobre o sentido da vida. “Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai senão por mim”.” (João 14, 6).
Os Jovens que buscam a Deus são sensíveis à descoberta de sua vocação, dispõem-se a ser discípulos de Cristo, a ser sentinelas do manhã, comprometendo-se com o anúncio e com a reforma de um mundo novo, construindo na luz da vida, no plano de Deus. Em sua procura pelo sentido da vida são capazes de descobrir o chamado particular que Jesus lhes faz. Como discípulos missionários, as novas gerações cristãs são chamadas a transmitir, a seus irmãos, sem distinção, a corrente de vida que procede de Cristo e a compartilhá-la em comunidade, construindo a Igreja e uma sociedade sem crise de existência.
Contudo, observemos que o verdadeiro sentido da vida está em Cristo, que está com o Pai, e em fazer a vontade do Pai, realizando nossa vocação. Se assim procedermos, poderemos dizer como Paulo: “Para mim, de fato, o viver é Cristo...”(Filipenses 1, 21). Deixamos de lado as tecnologias e a globalização, para compreendermos a vida. Mergulhemos em Cristo, sem medo da exigência como um verdadeiro cristão. O Papa Bento XVI nos mostra que os dados científicos e os instrumentos tecnológicos não podem substituir o mundo da vida, os horizontes do significado e da liberdade, a riqueza das relações de amizade e de amor que se dá em Deus.

Charles dos Reis
Seminarista da Diocese de São Carlos/SP
charlesdosreis@ymail.com