Há várias definições de amizade.
No primeiro artigo, tratamos de seu sentido literário, da origem da palavra.
Neste segundo artigo da série, gostaria de definir cientificamente o que é amizade.
Para a Biologia, sentimentos são reações químicas dentro do nosso corpo; e, a amizade é a sensação de bem-estar que a pessoa pode nos causar devido às substâncias responsáveis do prazer, o qual é liberado por nosso organismo ao sentir sua presença.
Por esta simples definição, já é possível afirmar que o amigo tem força para influenciar em nosso humor, no nosso dia. Também no ânimo e na maneira de ver a vida e interferir nas nossas decisões.
Como tem se manifestado seu “estado” de humor? Seu ânimo? Com qual olhar você tem visto a vida? Quais são as decisões que você tem tomado?
Seus amigos influenciam.
Não que eles sejam os únicos responsáveis, pois você possui sua individualidade e liberdade.
Para o filósofo Aristóteles: “Amigo é uma única alma habitando dois corpos. E embora entrando no universo um do outro não podem perder sua individualidade”.
Mas, a personalidade e as orientações de seus amigos influenciam em sua maneira de ser e viver.
Desde a Antiguidade, o homem interroga-se a respeito da essência da amizade.
No entanto, o valor da amizade é revelado pela Bíblia: “O amigo fiel não tem preço” (Sl 6, 15), pois “ele ama em todo o tempo” (Pv 17,17). “O amigo fiel é uma forte proteção; quem o encontrou, encontrou um tesouro” (Eclo 6,14). “O Amigo fiel é um bálsamo de vida e de imortalidade” (Eclo 6, 16a).
A busca do ser humano por felicidade passa pelo amigo. Tanto que Jesus apresenta-se desta forma e ainda afirma: “Não há maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos. Já não vos chamo de servos, mas amigos.” (Jo 15, 13.15). E Ele não somente falou, como o fez.
Mas, tratando de algo prático. Para onde seus amigos o levam? Quais os caminhos que tem trilhado?
Afinal, se eles convidam-lhe para caminhos maus, será que realmente são amigos verdadeiros? Qual a qualidade de suas amizades?
Se são amizades que não o constroem, por que você insiste em tais amigos?
E por que você não tem dado a vida pelos amigos que lhe querem bem e voltados para o Senhor?
Vamos questionar nossos valores...
A sensação de bem-estar que é apresentada pela Biologia, refere-se a estar bem, isto é, seu amigo falar aquilo que você quer e você ficar “bem” em ouvir isto; ou, refere-se a fazê-lo bem estar, isto é, levar-lhe ao melhor caminho, mesmo que isso custe-lhe correção e “puxão de orelha”?
Pois bem, cada um escolhe sua opção... No meu caso, prefiro a segunda. Amigos que me causem alegria, mesmo que esta não seja momentânea, mas que seja de uma felicidade verdadeira. Prefiro amigos que me corrijam com amor, mesmo que isto custe nossa amizade...
Pois, ao meu entender, amigo não é simplesmente um conhecido. Amigo é amigo. Consegue nos corrigir, dizer as coisas como elas são, as verdades que não queremos ouvir. Até ficamos chateados, nos afastamos, mas com o tempo entendemos que ele fez por nos amar – e, na medida certa! E isto nos causa mudança: ou porque ouvimos, ou porque aprendemos com a queda por não ouvir.
Mas, a verdade é uma só: amigo tem o poder de nos transformar e faz isso porque nos conhece e nos ama.
Portanto, repense em seus amigos! Verifique se é este o tipo de vida que quer para você.
O amigo autêntico nos educa pela palavra e pelo exemplo.
Enfim, para encerrar o segundo artigo de nossa série, gostaria de lhe convidar a meditar sobre o ensinamento bíblico: “Quem teme a Deus terá bons amigos, porque estes serão semelhantes a Ele” (Eclo 6, 17).
Você possui amigos que possa dizer que são semelhantes a Deus?
[Continua...]
Fraternalmente,
Thiago Pignatti de Freitas
@thiagopignatti
www.decalcajeansetenis.com
Um comentário:
Parabéns pelo blog. Gostei muito desse texto sobre a amizade. Gosto muito de falar sobre assunto. Continue perseverante no amor de Deus. Frei Noronha. Abraço.
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