#acampajovem - post 4 [quedas e fracassos]

   Você... ali... no chão...

   Pois é... já havia sido sua segunda chance...

   Só havia mais uma... e nem sei se havia tempo...

   Eu estava vendo você no chão... cheio daquela terra seca...

   Roupa encardida... com menos força do que antes...

   Mais machucados...

   E lágrimas sufocadas...

   Gosto muito do poeta que nos compara a uma panela de pressão em ebulição e diz que nossas lágrimas são a válvula de escape para o ser humano não estourar.

   Pois é... você quase estourou...

   Não deixou com que elas rolassem...

   Fez valer a passagem de São Paulo: “quando me sinto fraco é então que sou forte”.

   Os seus olhos não diziam o que seu coração sentia!

   Seus olhos estavam sim marejados, mas todos nós testemunhamos você se espremendo a fim de tirar forças do mais profundo do seu interior.

   Talvez não houvesse mais jeito... talvez não houvesse mais força... talvez não houvesse mais tempo...

   Enfim, talvez não houvesse mais equilíbrio emocional para vencer...

   Mas, uma certeza havia: você não poderia continuar ali, prostrado no chão, sem nada fazer...

   Quem me dera fossem só os acampamentos da vida que me fizessem cair...

   Quem me dera fossem apenas estes os desafios a me vencer...

   Quem me dera a vida fosse apenas um acampamento e as minhas quedas apenas físicas...

   Quem nos dera... Quem nos dera, Moisés! Quem nos dera, Isaac! Quem nos dera, Abraão! Quem nos dera, Noé! Quem nos dera, Jacó!

   Quem nos dera sabermos reagir às nossas quedas...

   Quem nos dera sabermos lidar com nossos fracassos...

   Talvez se houvesse uma fórmula mágica ou milagrosa de os eliminar de nossas vidas ou, ao menos, que nos garantissem vitória sobre todos os desafios da vida...

   Mas, não há!!!

   É preciso aprendermos a lidar com os desafios da vida, com nossas quedas e nossos fracassos!!!

   Não podemos permitir com que as quedas sejam definitivas em nossas vidas!

   É preciso administrarmos nossos problemas para que eles não queiram nos administrar e nos definir.

   Precisamos, sim, contorcer nosso corpo e nossa alma, a fim de retirar forças no mais íntimo de nós...

   Não forças próprias, pois elas são mais do que insuficientes...

   Mas, recebermos essa força do Alto, dAquele que nos habita no mais íntimo!!!

   Pois, só quando tentamos e nos abrimos a receber essa força do Alto é que podemos repetir o pensamento de São Paulo: “quando me sinto fraco é então que sou forte”.

   E lembre-se: Já começou vencer aquele que se levantou para recomeçar!