18 de julho de 2010

#acampajovem - post 5 [Rafinha]

   Você sabe o que é perder um pai? Tornar-se o responsável pela sua casa? Mãe, irmãos,...
   Não! Não sei. Mas, imagino que seja como alguém que tem o barco em alto mar, em plena tempestade, não tem âncora e ainda perde o capitão, único que sabe pilotar o barco...
   Pois bem... só vejo uma única forma de você ter chegado até aqui. E, chegando aqui, eu o conheci!

   Poderia ser apenas mais um almoço corrido em minha vida...
   Poderia ter sido apenas um almoço que sento diante de pessoas desconhecidas e falo de assuntos alheios...
   Mas não foi!!!
   Deus colocou-me ali. Diante de um menino. Uma tatuagem. Um nome. Uma curiosidade.
   E, ao perguntar, um coração se abriu e derramou sua história.
   E eu ali, de cântaros despreparados... não imaginava nem metade de todas aquelas informações que recebia naquele momento.
   Lembro-me, apenas vagamente, do César me dizendo algo que não prestei atenção... depois, ao meu lado, aguardando que a história acabasse... e, mais tarde, ele saindo dali sem conseguir falar.
   Eu estava ali deslumbrado... diante de um menino... e não era um menino qualquer. Era um menino com a mais difícil e dolorida história de vida que eu já pude ouvir. Mas, também, a mais bela história de vida que já cruzou a minha estrada!!!
   Cara... de onde ele tirou tanta força? Quem formou este menino? E se tudo isto fosse comigo? Onde eu estaria agora? Quem eu seria? E com tudo isto, o que este menino está fazendo aqui agora?
   Ah... só há uma única resposta e nem tenho medo de errar: DEUS CUIDOU DESTE MENINO DURANTE TODA A SUA VIDA!!!

   E eu ali... achando que aqueles desafios do acampamento eram difíceis...
   E eu ali... achando que os meus desafios da vida eram difíceis...
   E eu ali...
   Fiquei ali! Eu... o rapaz que ali sentou, ali ficou!

   Era como se eu fosse esbofeteado a fim de que eu prestasse atenção naquilo que me estava acontecendo...
   Meu Deus, faz sentido a parábola da praia... das pegadas na areia... realmente era uma única pegada... realmente, foi o Senhor quem o carregou no colo!!!

   E eu ouvi toda aquela história... e meu coração se compadeceu... retorceu de piedade... mas, o que posso eu fazer por ele? O que eu poderia ter feito? Nada!
   Pena que esta história não cruzou antes meu caminho...
   Ao menos, se eu tivesse sido um ombro para que ele pudesse chorar? Nem isso...
   Deus fez questão de cuidar dele sozinho! Deus fez questão de tomá-lo no colo! Deus fez questão de protegê-lo pessoalmente!

   E, diante do Rei, no Santíssimo Sacramento do Altar, uma única Palavra profética:
   “Rafa, conta pra Ele agora sua história. Ele já sabe, pois foi Ele quem cuidou de você. Mas, Ele quer que você veja que você esteve a todo instante no colo dEle. Ele quer curar todas as suas feridas. Entregue-se! E mais... toda vez que necessitar, recorra ao colo dEle, pois Ele estará lhe esperando!”

   Rafinha... sou fã da sua história de vida!
   Não deixa com que se perca este Amor em sua vida!
   Permaneça firme! Recorra sempre ao colo do Pai!
   Seu pai se foi, mas o Pai dos Céus ainda está ao seu lado lhe protegendo!
   Sinta esta presença viva e carinhosa de Deus em sua vida!

   E, a nós... aprendamos a experimentar o colo do Pai nos diversos momentos de nossa vida!
   Permaneçamos firmes!
   Deus está cuidando de nós! Deus está nos cuidando com muito carinho! Pessoalmente!
   Sinta este confortável e seguro colo do Pai em sua vida agora!

   A você, Rafinha, e a todos que já sofreram ou sofrem bastante nesta vida, dedico esta música do diácono Nelsinho Côrrea:
  “Quem me segurou foi Deus com seu amor de Pai
   Quem me segurou foi Deus
   Quem cuidou de mim foi Deus com seu amor de Pai
   Quem me amparou foi Deus

   Eu quis ser fiel e o pecado como um fel 
   Amargurou meu coração
   Daí eu quis fugir, da vida desistir, Deus não deixou.

   Quem me segurou foi Deus com seu amor de Pai
   Quem me segurou foi Deus
   Quem me compreendeu foi 
   Deus quando eu chorei demais
   Quando se perde alguém parece que se perde a paz

   Ele também chorou quando Lázaro morreu
   E se compadeceu, chora comigo a minha dor
   Mas ressuscita a alegria e o amor.”
   (Quem me segurou foi Deus – diácono Nelsinho Côrrea)

Nenhum comentário: